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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

É verdade que álcool corta o efeito do antibiótico?

Ana Carolina Nunes
Colaboração para o VivaBem
06/12/2017 04h15

Uma dúvida frequente de quem está fazendo um tratamento com antibióticos é se pode ou não tomar bebida alcoólica, já que costuma ser um senso comum que o álcool ‘corta’ o efeito dos antibióticos, colocando em risco o resultado do tratamento. Em geral, a união de álcool e antibiótico não necessariamente anula o tratamento, mas há sim alguns riscos.

O álcool neutraliza os efeitos do antibiótico?

Não é bem isso o que acontece. Não dá para afirmar que bebida alcóolica corta o efeito do remédio. Porém, a ingestão de antibiótico em conjunto com o álcool pode ter reações e efeitos adversos. O que ocorre é que tanto o álcool quanto o medicamento são metabolizados no fígado e, consumir os dois ao mesmo tempo, pode sobrecarregar o órgão. 
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O fato de o álcool ser diurético também influencia na concentração do medicamento no corpo. Além disso, o álcool é uma substância por si só irritante ao sistema gastrointestinal. Portanto, a recomendação é ter bom senso em relação à quantidade. Um consumo moderado dificilmente irá trazer problemas.

O que é considerado consumo moderado?

Vai depender do perfil da pessoa, levando em conta seu metabolismo e histórico médico. A quantidade considerada “uso social” ou moderada: duas taças de vinho, duas latinhas de cerveja ou uma dose de bebida destilada. Essas quantidades não provocariam alteração no efeito da maioria dos antibióticos. Outra dica é distanciar o horário de consumo das duas substâncias.

Há diferença de efeito dependendo do tipo de antibiótico?

Existem algumas classes de antibióticos que são totalmente contraindicadas para ingerir concomitante com o álcool, entre elas o metronidazol, o cloranfinicol, o tinidazol, o furazolidonae as sulfonamidas (sulfas), já que podem causar reações graves e extremamente desagradáveis --como rubor, palpitações, dor de cabeça latejante, dificuldade respiratória, náuseas, vômitos, suor, sede, dor torácica, hiperventilação, taquicardia, hipotensão, síncope, fraqueza, vertigem, visão turva ou confusão mental.

Quais medicamentos não devem ser ingeridos com álcool?

Em geral, cerca de 20% dos medicamentos não devem ser combinados com álcool e, dentre esse, 15% se ingeridos com álcool causam interações graves e risco de morte. Como o álcool atua no sistema nervoso central, a recomendação é não ingerir junto a antidepressivos, ansiolíticos (medicamento pra insônia, ansiedade) e alguns anti-inflamatórios e analgésicos. 

Vale também ressaltar que, quando a pessoa necessita fazer uso de um medicamento, é porque a saúde não está 100% e, por isso, a recomendação é não sobrecarregar o corpo com bebida alcoólica.
Fontes: Dra. Patricia Moriel, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas - Unicamp e Dra. Amouni Mourad, Assessora Técnica do Conselho Regional de Farmácia-SP.

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