A equipe docente do Centro de Ensino Cândido Mendes realizou nessa sexta (28) um desfile cívico pelas principais ruas da cidade de Adiando em comemoração aos 75 anos da Escola.
Trecho da homenagem...
"Em 1942, uma história se inicia cheia de sonhos, desafios, esperanças e conquistas.
O encontro e a união de pessoas protagonistas de um projeto educacional diferenciado que buscava uma formação mais ampla para seus filhos cria uma instituição com grande compromisso com a educação.
E essa semente germina por 75 anos produzindo grandes frutos, fazendo desabrochar um projeto educacional que está sempre sendo ampliado, aprofundado e promovendo o exercício de uma gestão participativa.
Participar dessa história nos traz a oportunidade de aprender a conviver, a ceder, a defender nossos princípios, a rir e a chorar.
Momentos de frustração, decepção e principalmente de muita alegria por poder contribuir com algo que tem como essência a crença na humanidade, apesar de todas as dificuldades enfrentadas na sociedade atual.
Fazer parte dessa história nos traz o sentimento de ter contribuído para um projeto educacional que busca um mundo melhor.
É saber que não ficamos paralisados e sim fizemos a nossa parte, a nossa lição de casa, em vez de cruzarmos os braços, imobilizados, enquanto o mundo se transformava.
Podemos passar pela vida e nem perceber ou ser percebido, mas também podemos passar pela vida e deixar nossas marcas e contribuições.
Quem participou e participa dessa história fez e faz a diferença!
Parabéns Centro de Ensino Cândido Mendes
São *75 anos* de compromisso com a educação"
A programação contou com a presença da Fanfarra Municipal, o Diretor Jorge Marques e a equipe se empenharam para a realização do ato cívico.
sexta-feira, 28 de abril de 2017
terça-feira, 18 de abril de 2017
Número de alunos pobres em faculdades privadas cresce 20%
- ESTADÃO CONTEÚDO
Entre 2010 e 2015 houve expansão do total de formados que declararam renda familiar de até três salários mínimos
SÃO PAULO - Ao longo de cinco anos, o Brasil registrou crescimento de 20% na quantidade de alunos de baixa renda que se formou em faculdades privadas, segundo levantamento do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior de São Paulo (Semesp), com base nos dados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade)
Entre 2010 e 2015 houve expansão do total de formados que declararam renda familiar de até três salários mínimos - um acréscimo de mais de 130 mil estudantes de baixa renda no período. Em 2015, foram cerca de 245,9 mil concluintes no ensino superior privado. O setor teme, no entanto, reversão desta tendência com o encolhimento do programa de Financiamento Estudantil, o Fies.
Em estudo, o Semesp calcula que, em 2010, os alunos com até 1,5 salário mínimo de renda familiar representavam 8,8% do total de formados das faculdades privadas. A fatia saltou para 13,5% cinco anos mais tarde. Já a faixa entre 1,5 e 3 salários representava 23,4% do total de alunos que se formavam e passou a representar 26,8% em 2015.
"Os dados comprovam que o Fies trouxe uma nova classe social para o ensino superior", avaliou Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp. "Com certeza, a redução na oferta de financiamento vai ter um impacto futuro", afirma.
Criado em 1999, o Fies ganhou fôlego a partir de 2010, quando regras mais flexíveis foram criadas. Nos quatro anos seguintes houve um crescimento acelerado: a oferta de vagas saltou de 76 mil em 2010 para 732 mil em 2014. Na sequência, restrições orçamentárias levaram ao enxugamento do Fies. De 732 mil vagas em 2014, o programa passou a ofertar em torno de 250 mil em 2015 e, no ano passado, pouco mais de 300 mil.
Ressalvas. Uma das principais críticas está relacionada à sustentabilidade financeira do programa, que causou desembolsos públicos bilionários. Só em 2016, o custo global do Fies para o Tesouro Nacional chegou a R$ 32,2 bilhões. A inadimplência é outra preocupação. Segundo auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), mais de um quarto dos contratos que já estavam em fase de amortização em 2015 tinha atrasos de mais de 360 dias.
"Entre os estudantes de classes C e D que não conseguem financiamento, a escolha do curso é afetada pelo preço", comenta Capelato. "Muitas vezes, a escolha não é pelo curso ou instituição que mais interessa ao aluno, o que já leva a uma evasão grande", conclui o diretor.
Além de elevar a evasão, o Fies reduzido já impactou o ingresso de novos alunos. Para 2017, o Semesp prevê queda de 0,5% no total de calouros em cursos presenciais após recuo estimado em 2,6% em 2016. Dados do Ministério da Educação (MEC) sobre 2016 devem ser conhecidos apenas com a divulgação do Censo do Ensino Superior, no segundo semestre.
Procurado ontem à noite, o MEC informou que não conseguiria responder a tempo sobre as críticas do setor e dados apresentados pelo estudo.
Entre 2010 e 2015 houve expansão do total de formados que declararam renda familiar de até três salários mínimos - um acréscimo de mais de 130 mil estudantes de baixa renda no período. Em 2015, foram cerca de 245,9 mil concluintes no ensino superior privado. O setor teme, no entanto, reversão desta tendência com o encolhimento do programa de Financiamento Estudantil, o Fies.
Em estudo, o Semesp calcula que, em 2010, os alunos com até 1,5 salário mínimo de renda familiar representavam 8,8% do total de formados das faculdades privadas. A fatia saltou para 13,5% cinco anos mais tarde. Já a faixa entre 1,5 e 3 salários representava 23,4% do total de alunos que se formavam e passou a representar 26,8% em 2015.
"Os dados comprovam que o Fies trouxe uma nova classe social para o ensino superior", avaliou Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp. "Com certeza, a redução na oferta de financiamento vai ter um impacto futuro", afirma.
Criado em 1999, o Fies ganhou fôlego a partir de 2010, quando regras mais flexíveis foram criadas. Nos quatro anos seguintes houve um crescimento acelerado: a oferta de vagas saltou de 76 mil em 2010 para 732 mil em 2014. Na sequência, restrições orçamentárias levaram ao enxugamento do Fies. De 732 mil vagas em 2014, o programa passou a ofertar em torno de 250 mil em 2015 e, no ano passado, pouco mais de 300 mil.
Ressalvas. Uma das principais críticas está relacionada à sustentabilidade financeira do programa, que causou desembolsos públicos bilionários. Só em 2016, o custo global do Fies para o Tesouro Nacional chegou a R$ 32,2 bilhões. A inadimplência é outra preocupação. Segundo auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), mais de um quarto dos contratos que já estavam em fase de amortização em 2015 tinha atrasos de mais de 360 dias.
"Entre os estudantes de classes C e D que não conseguem financiamento, a escolha do curso é afetada pelo preço", comenta Capelato. "Muitas vezes, a escolha não é pelo curso ou instituição que mais interessa ao aluno, o que já leva a uma evasão grande", conclui o diretor.
Além de elevar a evasão, o Fies reduzido já impactou o ingresso de novos alunos. Para 2017, o Semesp prevê queda de 0,5% no total de calouros em cursos presenciais após recuo estimado em 2,6% em 2016. Dados do Ministério da Educação (MEC) sobre 2016 devem ser conhecidos apenas com a divulgação do Censo do Ensino Superior, no segundo semestre.
Procurado ontem à noite, o MEC informou que não conseguiria responder a tempo sobre as críticas do setor e dados apresentados pelo estudo.
Óleo de coco não traz benefícios à saúde e ainda pode fazer mal
Um óleo vegetal que previne doenças cardiovasculares, e neurodegenerativas, é bom para o cabelo, para a higiene e ainda ajuda a emagrecer. Se você pensou em óleo de coco, acertou, mas também errou, já que nenhum desses benefícios é real. Sociedades médicas brasileiras têm tentado desmistificar o falso milagre do momento: as funções terapêuticas do óleo de coco.
Na semana passada, a Associação Brasileira de Nutrologia (Abran) se posicionou contra a prescrição do óleo como terapia para emagrecer. Antes, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) já haviam divulgado, em conjunto, um posicionamento contrário à utilização do óleo de coco para a perda de peso.
As duas sociedades afirmavam que não havia qualquer evidência científica ou mecanismos fisiológicos para a associação entre o tão falado óleo e o emagrecimento. OK, não afeta o peso, mas evita um monte de doenças e faz bem para a saúde, certo? Mais uma vez, não.
O posicionamento da Abran também fala sobre as outras propriedades supostamente milagrosas do óleo. De forma geral, o óleo de coco não possui ação antibacteriana -e tem muita gente que usa o óleo para higiene. Os estudos foram realizados in vitro e não são conclusivos. Portanto, o produto não deve ser indicado para este fim.
Da mesma forma, não há estudos que abordem o efeito do óleo na função cerebral ou evidência de uma ação protetora contra doenças neurodegenerativas.
"Hoje não há suporte científico para dizer que ele traz qualquer benefício", afirma Ana Lúcia dos Anjos Ferreira, pesquisadora da faculdade de medicina da Unesp de Botucatu e médica nutróloga da Abran.
"De forma muito prática, é possível dizer que ele serve para nada", diz Fábio Trujilho, presidente da Sbem.
Para Maria Edna de Melo, presidente da Abeso, o óleo de coco é só um modismo com apelo de produto natural.
"As pessoas gostam do milagre", diz Ana Lúcia. "Hoje, com o aumento da obesidade, qualquer coisa que supostamente ajude a perder peso vende muito", diz Trujilho.
E a um preço alto: um pote de 200 ml custa cerca de R$ 20.
FAZ MAL?
O problema, afirma Maria Edna, é que quando se faz uma orientação baseada em modismo não se sabe dos possíveis riscos à saúde dos pacientes. E há quem indique o óleo de coco como se fosse um medicamento, para ser tomado de colherada.
A presidente da Abeso se refere à questão das gorduras saturadas, nas quais o óleo de coco é rico e que, na literatura médica, são tradicionalmente associadas a uma maior chance de eventos cardiovasculares. Estudos feitos até o momento apontam para um aumento de colesterol (tanto o 'ruim', o LDL, quanto o 'bom', o HDL) associado ao consumo de óleo de coco.
Algumas pesquisas têm questionado a relação direta da gordura saturada com eventos cardiovasculares. Contudo, os especialistas dizem acreditar que o melhor é não incentivar o uso do óleo de coco por cautela e segurança.
Trujilho diz que ainda não é possível bater o martelo e dizer se o óleo de coco pode fazer mal ou não, mas não há dúvidas de que ele não tem propriedades terapêuticas.
Clarissa Fujiwara, pesquisadora do Hospital das Clínicas da faculdade de medicina da USP e membro da Abeso, afirma que o óleo de coco não deve substituir, por completo, outros óleos e gorduras e que não é adequado estimular o uso para indivíduos que precisam controlar os níveis de colesterol. Ela lembra ainda que as quantidades e tipos de óleos devem ser ajustados às necessidades individuais.
Para quem está na dúvida de qual óleo usar, a pesquisadora tem uma dica: um dos tipos de óleo em que há consenso em relação à saúde é o azeite de oliva, alvo de muitas pesquisas e associado à dieta mediterrânea.
Também vale o famoso "use com moderação", válido para quase qualquer item do cardápio, especialmente quando o conhecimento sobre ele ainda é incipiente.
"As verdades científicas são transitórias. Esse posicionamento da Abran pode ser mudado. Mas, por ora, é isso o que se sabe sobre o óleo de coco", diz Ana Lúcia.
Os especialistas são unânimes em um ponto: fuja de modismos e soluções mágicas.
Ouvi dizer que o óleo de coco...
...previne contra alzheimer e doenças do coração
Não há estudos sérios e conclusivos que demonstrem qualquer caráter terapêutico
Não há estudos sérios e conclusivos que demonstrem qualquer caráter terapêutico
...emagrece
Também não há nenhum estudo conclusivo que o ligue ao emagrecimento
Também não há nenhum estudo conclusivo que o ligue ao emagrecimento
...é bom para o cabelo
Sim, assim como vários tipos de óleo. Pessoas com caspa ou couro cabeludo oleoso podem ter condições pioradas
Sim, assim como vários tipos de óleo. Pessoas com caspa ou couro cabeludo oleoso podem ter condições pioradas
...se usado como bochecho deixa os dentes brancos
Não há evidência disso –funcionaria no máximo como um sabão. A prática pode levar à ingestão de óleo
Não há evidência disso –funcionaria no máximo como um sabão. A prática pode levar à ingestão de óleo
...é bom para a pele
A substância não possui ação antibacteriana, antifúngica ou antiviral e pode agravar a acne e outras condições
A substância não possui ação antibacteriana, antifúngica ou antiviral e pode agravar a acne e outras condições
O óleo nosso de cada dia
Algumas características dos óleos e gorduras que usamos diariamente
Óleo de coco
- Rico em ácidos graxos saturados
- Estudos mostram aumento do colesterol e o ponto de fumaça não é alto (177ºC)
- Mesmo possuindo substâncias antioxidantes, especialistas sugerem limitar ingestão
Óleo de Palma/Azeite de Dendê
- Rico em ácidos graxos saturados
- Especialistas sugerem limitar ingestão e possui ponto de fumaça alto (232ºC)
- Rico em Ômega 9, pobre em Ômega 6, rico em vitamina E
Manteiga
- Rica em ácidos graxos saturados
- Ponto de fumaça baixo (150ºC) –não indicada para frituras
- Possui algumas vitaminas, como A, por exemplo
Azeite de oliva
- Grande proporção de ácidos graxos monoinsaturados
- Quando aquecido, pode perder parte das propriedades antioxidantes
- Presença de Ômega 9 e compostos antioxidantes
Óleo de soja
- Maior parte da composição é de ácidos graxos insaturados
- Ponto de fumaça elevado (234ºC) –bom para frituras longas, de imersão
- Costuma possuir custo baixo
Óleo de girassol
- Predominância de ácidos graxos insaturados
- Ponto de fumaça elevado (209ºC) –bom para frituras longas, de imersão
- Boa proporção de Ômega 9
Óleo de canola
- Proporção alta de ácidos graxos insaturados
- Ponto de fumaça elevado (220ºC - 230ºC) –bom para frituras longas, de imersão
- Presença de Ômega 3 e vitamina E
GLOSSÁRIO
- Saturado/insaturado
Ácidos graxos (gorduras) saturados (moléculas mais "retas") estão associados a doenças cardiovasculares
- Ponto de fumaça
Temperatura a partir da qual há produção de fumaça tóxica –quanto menor, pior para frituras longas
- Ômegas
Molécula Ômega 3 protege coração e é anti-inflamatória; o Ômega 6, sem o Ômega 3, é inflamatório. O equilíbrio entre os dois ajuda na regulação da resposta inflamatória. O Ômega 9 diminui risco cardiovascular
- Vitamina E
Geralmente desejável; molécula é antioxidante e protege contra os radicais livres
Fontes: "Vegetable oils in food technology composition properties and uses"; Trending Cardiovascular Nutrition Controversies, publicado no "Journal of the American College of Cardiology"; Ana Lúcia dos Anjos Ferreira, nutróloga da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), Clarissa Fujiwara, nutricionista da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (Abeso), Leonardo Spagnol, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Marco Manfredini, secretário do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp)
Fonte: Folha de São Paulo
domingo, 16 de abril de 2017
Redes sociais são ponto de apoio para vítimas de relacionamentos abusivos
- Mariana Tokarnia/Agência Brasil
Menina, da cidade Monção, deixou uma carta afirmando que o padrasto a estuprou.
BRASÍLIA - "Quantas vezes me vi no banheiro da casa dele, toda encolhida, sentindo a saliva quente dele no meu corpo enquanto ele gritava? 'Pare de chorar como um neném. Você é louca. Ninguém mais te aguentaria. “Quantas vezes fiquei tremendo ali no chão, contando as respirações, quase sufocando num ataque de pânico causado por um desses acessos de loucura? Mas ele nunca me bateu". O relato, que faz parte de umartigo escrito pela advogada Reut Amit, mostra que relacionamentos abusivos não são tão fáceis de serem identificados. Como descreve Reut, não é apenas quando se é espancada que se está em um relacionamento abusivo.
A internet têm se tornado um espaço importante tanto como apoio quanto como fonte de informações a vítimas de relacionamento abusivo. Comunidades, redes de discussão e mesmo grandes campanhason-line têm ganhado cada vez mais espaço.
Para citar exemplos, nas últimas semanas, duas grandes campanhas, que surgiram a partir de situações de abuso, ganharam destaque nas redes sociais: #EuViviUmRelacionamentoAbusivo e "Mexeu com uma, mexeu com todas" e ficaram entre os tópicos mais comentados naweb.
Milhares de mulheres demonstraram apoio umas às outras e expuseram diversos casos de agressão. Os relatos evidenciam que falta apoio às vítimas e mostram a dificuldade em, muitas vezes, reconhecer-se como vítima de um relacionamento abusivo. Outras campanhas já fizeram eco na internetdiscutindo o mesmo tema, entre elas #EleNãoTeBate, mas e #MeuAmigoSecreto.
Internet
Para as vítimas, a internet é um espaço importante tanto no processo de obter informação e identificar um relacionamento abusivo, quanto no apoio. A estudante Kaline Oliveira, 31 anos, foi uma das mulheres que, pelo Twitter, assumiu nesta semana que viveu um relacionamento abusivo. “Já fazem dois anos, desde o fim do meu namoro, e aprendi a detectar, pelo menos eu acho, alguns traços de homens abusivos. Não vou dizer que estou totalmente de boa para um próximo relacionamento, porque as marcas ficam, mas acho que fiquei mais esperta”, diz.
Para ela, a rede social é de extrema importância “porque não nos sentimos sós, nos mostra o que é certo e errado em diversos aspectos e nos encoraja a tomar uma atitude pelo bem da nossa vida. Porque é isso que é ser mulher nos dias de hoje, é uma luta contínua pelo direito de viver, infelizmente”.
Como muitas vítimas, Kaline não reconhecia que estava em uma relação abusiva. “Acreditava que era o jeito dele, 'diferente' de se importar, mesmo com tantas pessoas ao meu redor, me mostrando o contrário”, conta. “Eram brigas intermináveis, por ciúmes, por coisas mínimas, sabe? Se a gente estava numa festa e eu involuntariamente olhava pro lado, já escutava um 'tá olhando para quem?', se eu era simpática, ou sorria para algum amigo dele ouvia 'gostou dele? quer ficar com ele?'" Segundo ela, levou mais de um ano para se ver livre da relação e, hoje, estar mais confortável para falar sobre o abuso.
A artista visual Brenda Rios, 18 anos, também teve um relacionamento abusivo e o relatou no Twitter na última terça-feira (11). “Acho que em nenhum lugar você se sente à vontade e mais segura para contar sobre isso, talvez a internet traga uma abertura maior e um sigilo”, diz. “Eu venho de um período de aceitação do que aconteceu e que é necessário agora expor minha história. Mas, no fundo, claro que eu, como outras mulheres, tenho medo do que as pessoas vão achar, de ser julgada e muitas vezes de ser condenada”.
A relação de Brenda durou seis meses. “O relacionamento abusivo, normalmente começa muito velado, como se os abusos que acontecem fossem apenas preocupações e carinho que a outra pessoa tem por você. É tão enraizado na nossa sociedade, de que o ciúme e a preocupação extrema é algo bom, que essa pessoa apenas se preocupa e te ama, acho que nos sentimos dramáticas e loucas de achar que isso é algo ruim”.
Brenda relata que o parceiro, entre outras situações de abuso, queria controlar o que fazia sempre e demandava muita atenção argumentando que se o amava devia fazer tudo com ele. Ele a fazia se sentir constantemente culpada. “Tudo que está nas redes sociais ganha mais visibilidade”, diz. “Falar sobre abusos é extremamente importante para as mulheres não deixarem passar por essas situações e cortar pela raiz o crescimento da violência contra a mulher. Acho que traz mais coragem e força para elas entenderem que não é um cuidado, o que acontece é um abuso sim”.
Rede de apoio
Para a cofundadora do coletivo Mete a Colher, Renata Albertim, um relacionamento abusivo é todo e qualquer relacionamento que deixa a mulher em situação de inferioridade ou humilhação, seja por tom agressivo na fala ou nos gestos. “É toda a relação em que a mulher se sente de alguma forma inferior, abalada psicologicamente, com medo da relação”.
O coletivo, que surgiu nas redes sociais, tem como principal missão enfrentar a violência doméstica e ajudar mulheres a entender, evitar e se livrar de relacionamentos abusivos. “A internet contribui demais, está aumentando o alcance da informação, que antes ficava em pequenos grupos de pessoas que trabalhavam com isso”, diz Renata. Ela acrescenta: “Elas se sentem muito mais seguras para falar na internet, sentem-se mais fortalecidas. Sentem que não estão sozinhas”.
O nome do coletivo vai contra o ditado “Em briga de marido e mulher, não se mete a colher”, por acreditar que é responsabilidade também de quem está em volta informar e ajudar as vítimas de relacionamentos abusivos.
Outro exemplo de apoio online é o projetoMorrer de Amor - Apoio Emocional, criado pela ilustradora Lorena Kaz, após viver um relacionamento abusivo. Ela começou fazendo histórias em quadrinho para tratar de questões sociais e relacionamentos. Com o lançamento de um livro, fez a página para divulgá-lo. A intenção era ter um espaço de identificação para mulheres - e também homens - vítimas de relacionamentos abusivos: uma espécie de terapia em grupo, como define.
“Para a vítima conseguir sair é importante perceber que tem alguma coisa errada. Depois, precisa ter coragem de pedir ajuda e de mudar. A internet é importante nesse processo, a vítima consegue perceber que tem algo errado vendo outros relatos, se identificando”.
Segundo Lorena, nas comunidades online, as vítimas recebem apoio inclusive fora da rede. “Tem muita gente te apoiando e te encorajando, até mesmo em coisas reais. Tem gente que diz que precisa de um lugar para dormir e outras pessoas oferecem a própria casa”.
Denúncias
Um dos principais canais de apoio às vítimas é o Ligue 180, ligação que pode ser feita gratuitamente, de qualquer lugar do país. De acordo com os últimos dados, divulgados este ano, o Ligue 180 registrou um aumento no número de denúncias em todo o país de 51% em 2016 em relação a 2015. Foram cerca de 1,3 milhões, mais de 3 mil atendimentos por dia. Metade dessas denúncias é de violência física, 31% de violência psicológica e 5% de violência sexual.
Em 65% dos casos, a violência foi praticada por homens contra as companheiras. E em 38%, o relacionamento entre a vítima e o agressor tem mais de 10 anos de duração.
O Ligue 180 foi criado pela então Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, em 2005, para servir de canal direto de orientação sobre direitos e serviços públicos para a população feminina em todo o país. Hoje a secretaria foi integrada ao Ministério da Justiça.
Também está disponível uma lista, por Estado, da rede de atendimento em cada cidade.
Dia Mundial da Voz: dicas para manter a saúde vocal
Imirante.com
Selecionamos algumas dicas essenciais para manter a sua saúde vocal.
SÃO LUÍS - Visando alertar a população sobre a importância da voz e dos cuidados necessários para a sua preservação, no dia 16 de abril comemora-se o Dia Mundial da Voz. Produzida com o uso das cordas vocais, a voz é imprescindível na comunicação humana e, dessa forma, deve estar sempre saudável e bem cuidada. Selecionamos algumas dicas essenciais para manter a sua saúde vocal.
As normas de higiene vocal devem ser seguidas por todos, particularmente por aqueles que utilizam mais da voz ou que apresentam tendência a alterações vocais. Ingerir pouca água, consumir alimentos que contenham cafeína e gritar sem apoio respiratório são alguns fatores que afetam a saúde vocal.
Dessa forma, evite ingerir alimentos pesados, gordurosos ou muito condimentados; rir alto ou falar muito, principalmente em ambientes ruidosos e abertos; tossir ou pigarrear excessivamente; consumir álcool, cigarro ou qualquer outra droga; fazer uso de spray ou pastilhas para aliviar a dor na garganta; fazer uso de medicação sem prescrição médica.
Consequências dos abusos vocais
Dentre as alterações orgânicas observadas com mais frequência em pessoas que utilizam a voz em excesso, são encontrados nódulos vocais (nodulações semelhantes a calos) e edemas (inchaço das pregas vocais).
Quem pode tratar os problemas na voz
O fonoaudiólogo é o responsável pelo diagnóstico de possíveis problemas vocais. A partir do diagnóstico, se necessário, o fonoaudiólogo atuará juntamente com o otorrinolaringologista na correção de possíveis problemas.
Como evitar problemas na voz
Beba muita água (7 a 8 copos por dia), pois a lubrificação das pregas vocais permite que elas vibrem livremente;
Não fume. O cigarro provoca tosse, pigarro, aumento de secreção e infecções, que agridem as pregas vocais;
Não ingira bebidas alcoólicas, pois, assim como o fumo, elas agridem as pregas vocais, sobretudo as destiladas, como: cachaça, conhaque e vodca;
Evite hábitos orais inadequados: gritar, pigarrear, tossir constantemente, rir ou falar alto, para não irritar as pregas vocais;
Não sussurre, pois o esforço ao aparelho fonador para sussurrar é maior e mais desgastante do que para se falar normalmente;
Ambientes com ar-condicionado devem ser evitados, pois o aparelho causa ressecamento ao trato vocal;
Evite o uso de roupas apertadas que atrapalham a respiração, pois uma alteração na respiração leva a uma alteração vocal.
Outras dicas para melhoria da saúde vocal
Prefira uma alimentação leve e rica em fibras;
Falar seguidamente durante muito tempo pode levar a um cansaço muscular. Dessa forma, alterne períodos de fala com outras atividades;
Reduza o consumo de leite e seus derivados, pois eles tornam mais pesados a saliva e os líquidos que lubrificam as pregas vocais;
Lembre-se que essas dicas são preventivas. Caso você apresente rouquidão, soprosidade ou perda de voz há mais de duas semanas, procure um fonoaudiólogo para uma avaliação e orientação.
sábado, 15 de abril de 2017
Mensagem de Pascoa de Olívia Caldas e família aos brejenses
A fé na ressurreição nos conduz ao sepultamento diário de tudo o que nos priva de ser quem podemos ser.
O que agrada a Deus é ver-nos vivendo no eixo de nossa verdade pessoal.
Que tenhamos todo uma Páscoa frutuosa! Que a mística do Ressuscitado se entenda pelos nossos dias.
Mensagem de Páscoa do Vereador Zé Carlos de Brejo.
Que a Ressurreição do Senhor Jesus, fonte de fé, Vida, Paz e Amor, renove a Esperança que a cada dia Deus faz brotar do nosso coração. Feliz Páscoa! São os mais sinceros votos do amigo, Vereador Zé Carlos.
sábado, 8 de abril de 2017
Mercosul e Aliança do Pacífico querem ampliar comércio na América do Sul
Monica Yanakiew / Agência Brasil
Tanto o Mercosul, quanto a Aliança do Pacifico concordaram que o volume de comércio entre os oito países é baixo.
BRASIL - Uma iniciativa frustrada em 2014 ganhou ímpeto nesta sexta-feira (7): dois blocos regionais, o Mercosul e a Aliança do Pacifico, decidiram unir esforços para ampliar o comércio na América do Sul e conquistar novos mercados. A decisão foi tomada numa reunião, em Buenos Aires, entre os ministros das Relações Exteriores e da Indústria e Comércio do Brasil e de mais sete países.
O encontro ocorreu no momento em que Buenos Aires foi sede do Fórum Econômico Mundial da América Latina e em que o governo argentino ocupa a presidência rotativa do Mercosul. Estavam presentes os ministros dos quatro países fundadores (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e dos quatro membros da Aliança do Pacifico (Chile, Colômbia, México e Peru).
“Estamos avançando na integração, num momento em que reina a incerteza em nível internacional e se observam pressões protecionistas, nacionalistas e inclusive xenófobas”, disse em entrevista coletiva o chanceler chileno, Heraldo Muñoz, referindo-se a decisão dos Estados Unidos de rever acordos de integração e a força conquistada, nos últimos tempos, por partidos nacionalistas de direita na Europa.
No documento divulgado no final da reunião, os oito países se comprometeram a avançar em determinadas áreas, antes de discutir a redução de tarifas: cadeias regionais de valor, cooperação alfandegária, promoção de pequenas e médias empresas, redução de barreiras não tarifárias e facilitação no comércio de bens e serviços.
Tanto o Mercosul, quanto a Aliança do Pacifico concordaram que o volume de comércio entre os oito países é baixo, comparado com outras regiões, e que existe um potencial para crescer sem ter que depender da exportação de commodities (mercadorias em estado bruto ou produtos primários comercializados internacionalmente, como café, algodão, soja, boi gordo, minério de ferro e cobre), cujos preços no mercado internacional baixaram depois de uma década em alta. “O comércio intra-regional na União Europeia chega a 69%; na Ásia chega a 55% e aqui na América Latina a apenas 18%”, disse Muñoz.
O especialista em comércio internacional, Marcelo Elizondo, disse em entrevista à Agência Brasil, que o passo dado nesta sexta-feira para integrar os dois blocos regionais só foi possível por causa de uma mudança política dentro do Mercosul. “Houve uma mudança política profunda com os novos presidentes. Mauricio Macri, na Argentina, é muito mais internacionalista que sua antecessora, Cristina Kirchner. E Michel Temer, no Brasil, assim como Tabaré Vasquez, no Uruguai, também querem internacionalizar o Mercosul”, disse. “A suspensão da Venezuela, último país a aderir ao Mercosul, também ajudou. O governo venezuelano tem uma visão diferente dos governos dos outros quatro membros”. Segundo Elizondo, o Mercosul foi pensado “há 25 anos para aumentar o comércio entre seus membros”, mas que, para sobreviver, precisa se abrir a novos mercados.
Síria
Os chanceleres dos oito países que participaram da reunião discutiram o bombardeio norte-americano à Síria, apos a constatação de que o regime de Bashar Al Assad tinha usado armas químicas contra a população civil, matando mais de 80 pessoas no início da semana. Sete países (com exceção do Brasil, que emitiu seu próprio documento) assinaram um comunicado conjunto condenando os crimes de lesa-humanidade e afirmando que “as ações para prevenir essas atrocidades devem ser respaldadas pela comunidade internacional, de acordo com as normas do direito internacional e os princípios da carta das Nações Unidas”.
Na entrevista coletiva, Malcorra explicou que o chanceler brasileiro, Aloysio Nunes, “pediu mais tempo para fazer consultas” e portanto não assinou o documento. O ministro brasileiro falou à imprensa mais tarde e disse que o Itamaraty já havia se manifestado sobre o assunto, declarando que o Brasil “condena o uso unilateral da forca, sem a autorização das Nações Unidas”.
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