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terça-feira, 27 de abril de 2010

EDITORIAL: A aberração virou rotina

Há até bem pouco tempo, casos de violência sexual eram noticiados com menos frequência e causavam mais angústia e revolta entre a população. Atualmente, notícias deste tipo são tão corriqueiras que começam a ser tratadas como parte do dia a dia, lamentavelmente.

Não que as pessoas estejam ficando menos sensíveis a fatos tão tenebrosos, mas a sensação de raiva, revolta e impotência passa a ser familiar, até que não assuste tanto quanto antes. Ainda que os casos de violência sexual sejam praticados contra crianças e adolescentes, que nem mesmo podem tentar se defender. São pais, tios, avós, vizinhos, pessoas que deveriam representar confiança e segurança, que são flagradas como monstros.

De onde deveria vir apenas amor, vem a maior agressão de que alguém poderia ser vítima. O Brasil e mundo viram as denúncias de pedofilia cometidas por representantes da Igreja Católica, e agora vê a luta da instituição para restituir sua imagem perante a sociedade. Neste domingo, o papa Bento XVI disse a padres da Itália que eles devem proteger suas paróquias e recuperar a confiança dos fieis. Ontem, também, foi noticiado o caso de uma babá que está sendo investigada pela polícia por suspeita de ter agredido e abusado de um menino de sete meses, em Pernambuco.

No Paraná, foi preso na sexta-feira um casal acusado de abusar sexualmente as duas filhas, de sete e oito anos de idade. Por toda a parte, aberrações como estas acontecem. E a solução para o problema não é encontrada. Quando se fala no combate ao uso de drogas, a educação pode resolver, mas desde que seja acompanhada de apoio familiar. Quando o assunto é violência de rua, a educação aliada à força da família também é o melhor caminho.

Mas, quando a chaga nasce dentro do próprio lar. Quem pode solucionar? A quem as crianças vão recorrer senão aos próprios pais? A violência pode até não continuar assustando tanto quanto antes, mas é inadmissível que não se trate do assunto com a urgência e seriedade necessárias. Mesmo que não sejam motivados pela emoção, que a frequência com que a violência sexual contra crianças e adolescentes vem acontecendo seja o combustível para que a sociedade civil e o poder público se movam contra estas aberrações.

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